Taxa de juro média dos novos créditos para compra de casa atingiu o valor mais alto desde fevereiro de 2012.
A taxa de juro média dos novos empréstimos para compra de casa subiu para 4,25% em junho, atingindo o valor mais alto desde fevereiro de 2012, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal (BdP). Há um ano, esta taxa situava-se nos 1,47%.
Por tipo de contrato, o juro médio dos novos créditos à habitação contratados a taxa variável aumentou para 4,37% no sexto mês do ano, contra 4,2% de maio, ultrapassando o juro dos empréstimos a taxa fixa, que se situou nos 4,16% – abaixo dos 4,19% registados no mês anterior.
Quanto às novas operações deste tipo de empréstimos, totalizaram 1524 milhões de euros em junho, cerca de 100 milhões a menos do que em maio, sendo que 88% se destinaram à compra de habitação própria e permanente, 7% a obras e 5% a habitação secundária.
Empréstimos para habitação própria e permanente
Do montante total emprestado pelos bancos em junho para compra de habitação própria e permanente, 68% foi para contratos associados a taxa variável, 23% a taxa mista e 10% a taxa fixa, revela o Banco de Portugal.
A taxa de juro média destes créditos, fixou-se nos 4,37%, no caso dos contratos associados à taxa variável e nos 4,16%, no caso dos indexados à taxa fixa.
Sobre os novos empréstimos a taxa variável, 17% foram indexados à Euribor a três meses, 56% a seis meses e 26% a 12 meses, mostram os dados divulgados esta quarta-feira pelo supervisor. Atualmente, 23% do stock de crédito contratado a taxa variável corresponde está associado à Euribor a três meses, 35% a seis meses, 40% a 12 meses e 3% a outras taxas de referência.
Já quanto à carteira de crédito à habitação própria e permanente em Portugal é composta em 87% por taxa variável, enquanto a taxa mista representa 9% do montante e a taxa fixa 3%.
O supervisor revela ainda que a prestação média mensal do stock de empréstimos para habitação própria permanente aumentou 2,6%, passando de 382 euros em maio para 392 euros em junho, e que “75% dos créditos à habitação própria permanente têm uma prestação mensal inferior ou igual a 482 euros”.
Em junho, os reembolsos antecipados de crédito à habitação própria permanente voltaram a aumentar, passando de 0,81% para 0,86% da carteira. “Esta evolução verificou-se nos reembolsos antecipados totais (0,66% para 0,70% do stock), ao passo que o peso dos reembolsos antecipados parciais não se alterou (0,15% do stock)”, é referido.
Fonte: https://www.dinheirovivo.pt/economia/nacional/juros-nos-novos-emprestimos-a-habitacao-sobem-para-425-em-junho-16794926.html