O Banco Central Europeu (BCE) voltou a subir as taxas de juro diretoras. O aumento em 0,25 pontos percentuais fez com que a taxa de referência esteja fixada agora nos 4%, impactando diretamente as taxas Euribor. Se tiver um crédito habitação com uma taxa variável, prepare-se: esta nova subida vai ter impacto na sua carteira.
O Banco Central Europeu (BCE) voltou a subir as taxas de juro diretoras. O aumento em 0,25 pontos percentuais fez com que a taxa de referência esteja fixada agora nos 4%.
Quando o BCE altera as taxas de juro oficiais, os bancos comerciais normalmente alteram as taxas de juro dos empréstimos e dos depósitos que oferecem aos seus clientes.
Assim, estas decisões do BCE têm um impacto direto nas taxas Euribor: se os juros sobem, aumentam também os indexantes a três, seis ou 12 meses. Ou seja, se tiver um crédito habitação com uma taxa variável, prepare-se: esta nova subida vai ter impacto na sua carteira.
Como funciona a taxa de juro variável?
A taxa de juro variável varia ao longo do prazo do contrato do crédito habitação. Ao escolher esta opção no seu contrato, a taxa de juro do empréstimo resulta da soma de duas componentes: o spread – que é definido pelo banco – e o indexante ou taxa de referência, mais conhecido por Euribor.
Conforme o prazo contratado da Euribor, a prestação do crédito habitação é revista. Por exemplo, a Euribor a três meses é revista trimestralmente, a Euribor a seis meses é revista semestralmente e assim sucessivamente. Assim, a taxa de juro vai subir o descer, refletindo as alterações da Euribor, tal como a prestação a pagar.
A Euribor tem vindo a subir desde há mais de um ano. E em maio – últimos dados disponíveis -, a Euribor a seis meses estava a 3,679% e o indexante a 12 meses a 3,862%.
E se o meu crédito habitação tem taxa fixa?
Se o seu crédito habitação tiver uma taxa fixa, esta subida não vai alterar a sua prestação mensal. Nestes contratos, a taxa de juro esta mantém-se igual durante todo o prazo e, por isso, também o valor da prestação a pagar.
A taxa de juro é definida pela instituição que lhe concede o empréstimo, tendo em conta fatores como o risco de crédito do cliente, o rácio entre o valor do empréstimo e o valor do imóvel – designado por loan-to-value (LTV) -, as garantias do cliente e o risco de fixação da taxa de juro durante o prazo estabelecido.
Pedir crédito fica mais caro
Se não tem um crédito habitação e está a pensar fazê-lo, saiba que a subida dos juros por parte do BCE também aqui tem impacto, já que vai encarecer os financiamentos.
Em Portugal, temos assistido a uma maior procura pela taxa de juro mista nos novos créditos habitação, representando 16,1% do montante total concedido em abril de 2023, segundo dados disponibilizados pelo Banco de Portugal.
É que esta esta é uma opção que permite acautelar o risco: a prestação fica fixa nos primeiros anos do contrato, passando depois a variável.
Fonte: https://www.dinheirovivo.pt/financas-pessoais/bce-voltou-a-subir-as-taxas-de-juro-vou-pagar-mais-de-credito-a-habitacao-16554307.html