Para que tudo corra bem e consiga evitar entrar em incumprimento, é aconselhável ser organizado e regrado nas suas despesas. Assim, saiba onde deve evitar fazer pagamentos com o cartão de crédito.
O cartão de crédito deve ser usado de forma ponderada, uma vez que é um contrato de crédito como outro qualquer, com possibilidade de cobrança de taxas de juro.
Este tipo de cartão permite fazer pagamentos de bens e serviços e levantar dinheiro a crédito – o chamado “cash-advance”-, que terá de ser reembolsado na data e nas condições acordadas com a instituição emitente do cartão.
Os cartões de crédito dão a possibilidade de comprar e pagar depois, em prazos que podem variar entre os 30 e os 50 dias. Ou seja, pode realizar compras mesmo quando não tem dinheiro disponível na sua conta à ordem, sem ter de pagar juros.
Há quem os use como forma de pagamento pontual e outros que optam por concentrar todos os pagamentos mensais no cartão de crédito – acabando por gerir o pagamento da fatura global do cartão com o dia em que recebem o seu vencimento. Tudo depende da gestão de cada um.
Mas para que tudo corra bem e consiga evitar entrar em incumprimento, é aconselhável ser organizado e regrado nas suas despesas.
Saiba onde deve evitar fazer pagamentos com o cartão de crédito:
1. Pagar dívidas de outro cartão
Pode não ser a melhor estratégia usar o cartão de crédito para fazer face a outras dívidas, uma vez que corre o risco de sofrer com o efeito “bola de neve” e acabar por se endividar ainda mais.
A melhor forma de pagar as suas dívidas é fazer aumentar a sua liquidez. Para isso, faça uma lista com todos os seus gastos e veja quais são aqueles que pode cortar. Além disso, sempre que tiver algum rendimento extra, dê prioridade à liquidação das suas dívidas.
2. Comprar em sites pouco seguros
Verifique se o site que está a usar é seguro, antes de usar o cartão de crédito para fazer compras online. Existem três coisas que um site deve ter para ser considerado confiável: contactos, informação sobre a empresa e dados sobre a sua política de privacidade e segurança.
O primeiro permite entrar em contacto com a marca, no caso de o produto que comprámos vir danificado, avariado ou simplesmente não quiser ficar com ele. O segundo ponto permite saber mais sobre a marca e o terceiro dá a conhecer a política que a mesma tem acerca dos seus dados pessoais.
Além disso, quando abrir o site, repare no link que se encontra na barra de navegação do seu browser. Se antes do link estiver o ícone de um cadeado e o url começar por “https://” é sinal de que o site tem um certificado de segurança que garante que os dados enviados do seu computador para o servidor da marca são codificados, correndo assim menos risco de serem utilizados para ações fraudulentas.
E sempre que fizer compras online, opte por criar cartões virtuais. Estes cartões são criados apenas com o valor da compra e têm uma validade muito limitada, pelo que se tornam mais seguros neste processo.
3. Pagar despesas relacionadas com a casa
As despesas relacionadas com a casa – como renda ou prestação, água, luz, gás, telecomunicações, entre outras – são fixas. Ou seja, são encargos que terá todos os meses.
Ao recorrer ao cartão de crédito para fazer estes pagamentos, só vai estar a adiar os mesmos consecutivamente. Esta prática pode revelar-se prejudicial para as suas finanças pessoais e levá-lo até a entrar em incumprimento.
4. Comprar nos saldos
Os saldos são uma época propícia a algum descontrolo financeiro, provocado pelo consumismo que pode acontecer. As promoções e os descontos podem dar a sensação de que está a fazer bons negócios, mas na verdade, pode estar a gastar mais do que aquilo que necessita.
Para evitar que esta situação aconteça, uma das regras de ouro é pagar as suas compras em dinheiro em vez de recorrer ao cartão, especialmente ao cartão de crédito. Assim, vai saber exatamente quanto está a gastar e não perde o rasto ao seu dinheiro.
Cartão de crédito: A que taxas de juro deve estar atento?
Sobre o pagamento dos juros, deve ter especial atenção ao valor da TAEG (Taxa Anual Efetiva Global), uma vez que esta taxa inclui todos os encargos associados ao crédito, como por exemplo: despesas de cobranças de reembolsos, juros, impostos, comissões, seguros obrigatórios e outros encargos. Quanto mais alta for esta taxa, maior será o valor que terá de pagar sobre o montante em dívida.
Há bancos que oferecem a anuidade do cartão, mas, como contrapartida, podem ter uma TAEG mais elevada. Ainda assim, é importante recordar: apenas lhe serão cobrados juros no caso de não liquidar toda a dívida no período de crédito grátis (o tal prazo de 30 a 50 dias, já referido).
Fonte: https://www.dinheirovivo.pt/financas-pessoais/onde-e-que-nunca-deve-pagar-com-cartao-de-credito-15845294.html