Crédito Habitação

O BCE voltou a aumentar as taxas de juro na quinta-feira, pelo que é provável que “assistiremos à continuação de renovações periódicas dos créditos habitação, com fortes revisões em alta das prestações mensais”.

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu, na quinta-feira, aumentar as taxas de juro em 50 pontos base, o que significa que tem quem créditos à habitação indexados às taxas Euribor deverá continuar a assistir a uma revisão em alta das prestações mensais a pagar ao longo dos próximos meses.

Do ponto de vista da economia familiar, assistiremos à continuação de renovações periódicas dos créditos habitação, com fortes revisões em alta das prestações mensais. Para quem vai contratar um novo empréstimo para comprar casa nos próximos meses é provável que as condições se mantenham estáveis nos níveis atuais, à espera de se verificar os movimentos da Euribor (para os créditos com taxa variável) e o custo de financiamento a longo prazo (no caso dos créditos com taxa mista e fixa).

O verdadeiro impacto do aumento de 50 pontos básicos será notado no comportamento da Euribor, que reflete a expetativa a 12 meses e que está próxima de 2,80% há várias semanas.

Teremos de ver se esta subida da taxa de juro impulsiona a Euribor e a mesma volta a subir (situando-se acima dos 3%) ou se, pelo contrário, apenas subirá quando o BCE também supere os 3%. Apesar da inflação estar a baixar, os seus níveis continuam muito acima do objetivo, e não parece haver nenhum indicador que garanta que durante 2023 nos aproximemos dos 2%, sendo previsível que as taxas de juro se mantenham nos níveis atuais ou até mesmo que continuem a subir, acrescenta.

O BCE aumentou na quinta-feira em 0,50 pontos percentuais as taxas de juro e anunciou novas fortes subidas no futuro para controlar a inflação, depois de na quarta-feira a Reserva Federal dos EUA (Fed) ter feito o mesmo.

Taxas de juro vão continuar a subir

Apesar de tudo, o BCE abrandou o ritmo de subida das taxas de juro, mas avisou que vai continuar a subi-las “significativamente”, mostrando-se determinado no combate à inflação, que continua “demasiado elevada”.

“Ainda temos caminho a percorrer”, “temos de ir mais longe”, “estamos numa longa partida”, foram várias as expressões usadas por Christine Lagarde, presidente do BCE, para passar a mensagem de firmeza do banco central, após a última reunião de um ano movimentado.

Dado o momento atual, muitos dos nossos clientes estão a alterar os contratos de taxa de variável para mista ou fixa, de forma a limitar o impacto da forte subida. Nos últimos meses, registou-se um crescimento acentuado da procura de transferência do crédito habitação, sendo que esta tendência se manterá seguramente durante a primeira metade do próximo ano.

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com/casa/2134179/subida-das-taxas-de-juro-qual-e-o-impacto-para-quem-tem-credito-da-casa

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