Começar um projeto, investir em formação, realizar um sonho. O crédito pessoal para jovens pode ser decisivo para estes e muitos outros planos de futuro, mas nem sempre é fácil de obter.
Descubra quais as opções disponíveis e como aumentar a probabilidade de o seu pedido ser aprovado.
Obter um crédito pessoal para jovens pode não ser fácil, considerando a dificuldade em satisfazer os critérios principais definidos pelas entidades bancárias. A pouca estabilidade profissional e os baixos rendimentos nesta fase de vida poderão mesmo inviabilizar esta opção. Contudo, existem algumas dicas a ter em conta, que podem aumentar as probabilidades de sucesso.
1. Certifique-se de que não tem registo de incumprimento no Banco de Portugal
Todas as pessoas com um empréstimo superior a 50 euros passam a constar numa base de dados geridas pelo Banco de Portugal, denominada Central de Responsabilidades de Crédito. Quando falha o pagamento de uma prestação, essa informação fica registada e o seu nome fica automaticamente comprometido no Banco de Portugal.
Sempre que um banco avalia um novo pedido de crédito, um dos passos é verificar se o cliente consta nesta base de dados. Em caso afirmativo, isso por si só pode constituir motivo para que a entidade bancária não conceda o empréstimo.
2. Não deixe a conta bancária a descoberto
Este é outro dos critérios valorizados pelos bancos na hora de conceder um crédito. O histórico da conta bancária é considerado como um indicador da capacidade do cliente em cumprir compromissos financeiros. Se a sua conta tiver estado várias vezes a negativo, o banco irá considerá-lo como um cliente que contrai dívidas acima das suas possibilidades, sendo, por isso, um fator que trava a concessão de crédito.
3. Pedir os documentos
Ao pedir um crédito pessoal para jovens, os bancos vão pedir alguns documentos, que deverá já ter preparados de antemão. Ainda que possam variar de banco para banco, os documentos normalmente solicitados são os seguintes:
– Cartão de Cidadão;
– Comprovativo de Morada Fiscal (poderá utilizar uma cópia de uma fatura de luz, água, gás ou telecomunicações);
– Comprovativo de IBAN;
– Últimos 3 Recibos de Vencimento;
. Último Modelo 3 do IRS;
– Mapa de Responsabilidades (disponível na Central de Responsabilidades de Crédito no site do Banco de Portugal).
4. Avalie o período de carência
Se contrair um crédito pessoal para jovens com finalidade de educação, não utilize a vantagem de prolongar o prazo mais do que o necessário. Quanto mais tempo estiver a pagar juros, mais caro o empréstimo vai ficar. Assim, se conseguir começar a amortizar o capital mais cedo, não deixe de o fazer apenas porque tem a possibilidade de o fazer mais tarde.
5. Contraia o crédito pessoal para jovens em tranches
Se a entidade bancária assim o permitir, prefira obter o capital por tranches ao invés de o receber na sua totalidade. Dado que os juros são calculados com base no valor libertado, esta é uma forma de otimizar este encargo, enquanto o montante não é disponibilizado na íntegra.
6. Contrate um prazo ajustado
Ainda que um prazo maior possa parecer mais apelativo pela redução da mensalidade, a verdade é que isso torna a amortização mais demorada e os juros mais caros. Assim, ajuste o prazo de acordo com aquilo que consegue realmente pagar, e não opte por um período maior só para ter uma prestação mais baixa. Caso contrário, acaba por pagar mais e o crédito fica mais caro.
7. Antecipe problemas
Se antecipar qualquer dificuldade em pagar o crédito, não espere até que se concretize e fale de imediato com o seu banco. Antes de entrar em incumprimento, procure uma alternativa em conjunto com o seu gestor de conta, para conseguir renegociar o crédito.
Não só demonstra uma atitude proativa de compromisso, que é valorizada pela entidade financeira, como também evita uma situação que poderá comprometer futuros créditos que venha a precisar de contrair. Além disso, o banco também não tem interesse que deixe de pagar, estando, por isso, recetivo a renegociações, e é mais fácil obter resoluções satisfatórias num momento em que a sua situação ainda é regular.
8. Pondere um part-time para ajudar a financiar os estudos
Uma forma de ajudar a cumprir os compromissos financeiros implicados na contratação de um crédito pessoal para jovens é conciliar os estudos com um trabalho a part-time. Dar explicações, produzir conteúdos para web, fazer consultoria, trabalhar num café ou num supermercado, ou fazer pet sitting são alguns exemplos de como poderá obter rendimentos adicionais para equilibrar as suas finanças.
Além disso, beneficia ainda do estatuto de trabalhador-estudante que concede alguns direitos específicos, como a flexibilidade de horário de trabalho, dispensa de quatro a seis horas por semana ou marcação de férias em função das necessidades escolares.
Concluindo, existem algumas condições especificamente vocacionadas para o crédito pessoal para jovens, mas isso não significa que esteja apenas dependente destas ofertas. Aliás, as entidades bancárias perspetivam a idade como um fator de análise e não como um atributo decisivo.
Além da idade, pesam também outros critérios, como a estabilidade financeira, o histórico de créditos e a sua relação com os bancos que, quando são satisfatórios, permitem obter boas condições de financiamento.
Fonte: https://www.dinheirovivo.pt/financas-pessoais/credito-pessoal-para-jovens-8-dicas-para-conseguir-15418222.html