Poupança

Seja qual for o objetivo traçado, nunca é demasiado cedo para começar a poupar.

Quando pensamos na educação dos nossos filhos, quantos de nós é que temos em conta a importância de que a sua educação financeira deve andar de mãos dadas com os restantes pilares que fazem parte da sua educação? Pois é. Os filhos crescem muito depressa e, quando damos por ela, já andamos a falar com eles sobre a escolha de universidades, tirar a carta de condução, entre viagens e sonhos que querem concretizar.

Mas, todos estes sonhos têm um custo associado e é preciso orientar os jovens relativamente a isso, até para que estes estejam devidamente preparados para o primeiro “bater de asas a solo”, sem estarem dependentes de ajuda financeira das suas famílias.

Ao aprenderem a traçar planos ajustados à sua realidade, os jovens vão aprender por eles próprios sobre como conseguir alcançar os seus objetivos. E o sentimento de conquista desses mesmos objetivos irão, certamente, incentivá-los a continuar a traçar “novos voos”.

Pergunte a si mesmo: Quando é que os jovens devem começar a poupar?

A resposta é simples: agora. Aliás, quanto mais cedo os jovens desenvolverem hábitos de poupança, melhor. Afinal, seja qual for o objetivo final, o que importa mesmo é começar a criar um “pé de meia” para corresponder a imprevistos, cumprir objetivos ou realizar sonhos. Deixamos-lhe aqui algumas sugestões que poderão ajudar na concretização de objetivos, sejam eles de mais curto ou mais longo prazo, apresentando características bem distintas entre si: Depósitos a Prazo, Plano Poupança-Reforma (PPR) e Certificados de Aforro, sendo que, cada uma delas reúne vantagens e desvantagens, consoante os seus planos e disponibilidade financeira.

#1 Depósitos a prazo, o mealheiro virtual dos jovens

Hoje em dia, os depósitos a prazo podem ser constituídos online, de forma autónoma, com montantes a partir de 25€. O depósito a prazo é um tipo de produto bancário que implica a entrega de fundos a uma entidade bancária que fica, por seu lado, obrigada a restabelecer esses fundos após um determinado período temporal e ao pagamento de uma remuneração (juros).

Os depósitos a prazo apresentam as seguintes características:

  • Aplicação simples de fácil compreensão, muitas das opções de forma autónoma;
  • Permite saber, desde logo, qual a taxa de juro associada, bem como a remuneração garantida e prazo para a receber;
  • É um tipo de investimento mais seguro, quando comparado com outros produtos financeiros;
  • Na maioria das opções disponíveis no mercado não existem despesas associadas;
  • Existe uma grande diversidade na oferta com diferentes prazos de investimento;
  • Muitas das opções de investimento permitem o seu reforço de forma agilizada;
  • Deve ser tido em conta que existem penalizações se movimentar o capital investido fora do prazo estipulado.

#2 PPR (Plano Poupança-Reforma), o que são?

Os PPR são um tipo de poupança pensada para uma fase mais avançada da nossa vida: a reforma, procurando garantir um “pé de meia” confortável para esta fase da vida, do qual poderá usufruir como quiser. É uma solução de poupança que está associada a taxas de juro competitivas, assim como benefícios fiscais favoráveis.

Os Planos Poupança-Reforma podem apresentar-se em diferentes modalidades, consoante o perfil de poupança que definirmos logo à partida. Ou seja, existem sob a forma de fundo de investimento mobiliário (o capital não é garantido, o risco é maior e a rendibilidade é mais atrativa) ou sob a forma de fundo de pensões.

Os PPR’s apresentam as seguintes características:

  • Consoante o PPR escolhido, pode começar por investir valores relativamente baixos;
  • Existem benefícios fiscais, nomeadamente as deduções no IRS que, consoante a idade do subscritor que podem ir até aos 400 euros por ano;
  • Existe a possibilidade de resgate sem penalização em situações de emergência previamente identificadas, como é o caso de morte, desemprego, situação de incapacidade permanente, doença súbita, mas também para efeitos de amortização do crédito à habitação.

Quando tiver de escolher qual o tipo de PPR no qual quer investir as suas poupanças, poderá optar por uma de entre duas alternativas: a opção de capital e taxa fixos, em que não perde o dinheiro investido e recebe juros mais baixos, e a opção de capital e taxa flexíveis, em que existe o risco de perder parte do capital investido, mas que, por outro lado, lhe oferece uma rentabilidade maior. Ou então, por que não combinar o seu investimento nas duas modalidades?

#3 Os Certificados de Aforro

Durante várias décadas, os certificados de aforro foram a primeira escolha dos portugueses quando chegava a hora de escolher a solução ideal para as poupanças. Fosse por uma questão de tradição cultural ou por falta de informação acerca de existência de outro tipo de instrumentos de poupanças, o facto é que este tipo de investimento ainda é uma prática comum nos dias de hoje. Essencialmente, os certificados de aforro tratam-se de títulos de dívida pública, ou seja, ao subscrevê-los, o aforrador está a emprestar dinheiro ao Estado, sendo que este irá remunerar esse investimento sob a forma de pagamento de juros capitalizáveis que, por sua vez, aumentam o potencial de rendimento obtido através deste tipo de poupanças. Segundo os especialistas, os certificados de aforro podem ser uma solução de poupança acessível e vantajosa para todos, mas, especialmente, para os mais jovens.

Os certificados de Aforro apresentam as seguintes características:

  • Um tipo de investimento relativamente seguro, com capital garantido;
  • Montante de subscrição baixo;
  • Isenção de custos ou comissões;
  • Taxas de retorno interessantes comparativamente com outras soluções;
  • Facilidade de subscrição e resgate;
  • Existência de prémios de permanência.

Seja qual for a solução de poupança pela qual os jovens venham a optar, tenham em mente que estas não se auto-excluem, sendo mesmo desejável a combinação de investimentos e de poupanças em função do fim que estas irão servir, razão pela qual, a consulta de informação útil se torna fundamental antes da tomada de decisão. Certo é que, qualquer uma das opções apresentadas poderá acompanhar os nossos jovens ao longo das suas vidas, adaptando-se às mudanças que lhe são inerentes. Só é preciso começar.

Fonte: https://supercasa.pt/noticias/os-jovens-e-as-poupancas-por-onde-comecar/n4062

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