Se as suas contas familiares derraparam com as férias, terá que enfrentar alguns desafios para reequilibrá-las. No entanto, revelamos onde poderá mais facilmente conseguir alguma poupança para esse efeito.
O período de férias é propício a derrapagens no orçamento. Os gastos com viagens, passeios, saídas ou refeições fora de casa são, regra geral, superiores aos dos outros meses do ano. Chegado o momento de voltar à rotina, é hora de fazer contas e reequilibrar as suas finanças.
Fazer um orçamento
É essencial perceber se as férias causaram danos nas suas finanças. Para isso deve fazer contas para saber quanto é que gastou realmente para que depois encontre soluções para um reequilíbrio das contas.
Depois deve estabelecer um orçamento mensal para organizar os próximos meses. Além de considerar as despesas fixas, tenha também em conta os gastos variáveis, como seguros ou impostos. E claro, não se esqueça de destinar montantes à poupança e a imprevistos.
Quando fizer o orçamento, não se esqueça de ter em conta o cenário atual de inflação. Não só os produtos de supermercado estão mais caros, como também o combustível e outros serviços como a eletricidade e o gás.
Cortar nas despesas supérfluas
Depois de ter o mês devidamente orçamentado, é hora de cortar nos gastos considerados supérfluos. Se o objetivo é reequilibrar as suas finanças, vai ter de fazer cortes. Por exemplo, despesas relacionadas com o lazer: saídas, comer fora em restaurantes, comprar roupa, entre outras, são tudo custos que pode diminuir nesta altura.
O mesmo se aplica a serviços de streaming de música ou filmes, por exemplo. E não precisa de deixar de subscrever os serviços, mas pode ponderar opções como partilhar esses serviços com outras pessoas, dividindo a mensalidade.
Liquidar dívidas
Anote todas as dívidas que tem atualmente – quanto falta pagar, prestação, prazo e juros – e defina as que quer eliminar. O ideal é começar pelas dívidas com os juros mais altos.
Pode aproveitar os rendimentos extra para reduzir o peso das dívidas. Por exemplo, se está a pensar investir, com um prémio, subsídio de férias ou Natal (se ainda não tiver gastado tudo), num depósito que lhe dá 2% de juro, mas tem uma dívida num cartão de crédito cujo juro está fixado em 15%, está a pagar ao banco um juro mais elevado do que o juro com que o banco o remunera a si. Se for esse o caso, o ideal é amortizar a dívida. Assim, estabeleça um montante que deve pôr de parte para começar a eliminar as suas dívidas.
Analisar e rever contratos
Água, luz, gás, telecomunicações, seguros, entre outros. Este é o momento para rever todos os contratos e apólices dos seus serviços.
Estas são despesas que não pode cortar, por isso, nestes casos pode rever e renegociar os seus contratos com as empresas fornecedoras. Pode também mudar alguns hábitos em casa para tentar reduzir valor da fatura mensal.
Além disso, se quiser poupar nestes serviços, há um detalhe que pode fazer a diferença ao final do mês: comunicar as leituras. Fornecer as leituras da eletricidade, água e gás é muito importante, pois desta forma vai pagar o valor real do que consumiu e não uma estimativa feita pela empresa, que por vezes pode ser muito superior ao que realmente consome ou, pelo contrário, ser inferior e depois ser surpreendido com acertos.
No caso específico dos seguros, deve fazer o mesmo. Analise as suas necessidades e analise o que tem contratado. Depois, peça simulações a outras seguradoras. Pode conseguir melhores condições para a sua carteira.
Rever condições do crédito habitação
Se tiver um crédito habitação, sabe que este gasto é dos que representa a maior fatia do orçamento mensal. Por isso, pondere a revisão e negociação das condições do seu crédito habitação
Fale com a instituição bancária onde tem o crédito e peça para rever as condições atuais: o indexante, o spread, o prazo e os seguros associados.
A título de exemplo, no que diz respeito ao spread, pode conseguir diminuir esta taxa se acordar outras condições com o banco. Se subscrever serviços como o cartão de crédito, pode conseguir que o banco lhe faça uma bonificação no spread. Mas é importante lembrar que o crédito com o spread mais baixo nem sempre é o mais barato.
Consolidar créditos
Se tiver mais do que um crédito em mãos – crédito automóvel, cartões de crédito, crédito pessoal, entre outros -, uma solução que o pode ajudar a reequilibrar as suas finanças um crédito consolidado.
A consolidação de créditos permite juntar todos os créditos num só, com condições mais vantajosas, ficando a pagar apenas uma só prestação. E essa prestação única fica mais baixa do que se estivesse a pagar todas individualmente.
Mas atenção, esta solução também tem desvantagens. Ao consolidar os créditos, o prazo médio dos contratos pode aumentar, pelo que também irá ficar a pagar juros durante mais tempo. Isto é, consegue uma prestação mais baixa no imediato, mas o valor total que iria pagar pelos créditos vai aumentar devido aos juros.
Encarar a poupança como uma prioridade
Em vez de deixar a poupança para o final do mês, com o que “sobra”, esta deve ser encarada como uma prioridade. O ideal é poupar logo no início do mês. Isto é, assim que receber o seu salário, deve colocar logo de parte um valor destinado à poupança. Deste modo, já não vai contar com esse valor para os gastos do mês. Leia também o artigo evite cair nestes erros para conseguir poupar.
Fonte: https://www.dinheirovivo.pt/financas-pessoais/consiga-reequilibrar-as-suas-contas-depois-das-ferias-15150583.html